quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O Eco da Sombra

Qual vulto meu quarto assombra? - A sombra.
Que meus olhos profundos fita - grita.
Que a boca baixinho ora - chora.
Que fez do medo calafrio - frio.

Qual medo me atormenta agora? - Ora;
Ao rosto angelical implora - agora!
Que da sombra negra apareça - esqueça!
E ao profundo sono volta - revolta.

Estou em carne viva - viva
Indolor, porém, que me cutuque - machuque
A ferida alma desamparada - desesperada
Que cega vê a sombra - assombra.

Que a boca muda fala - nada
E a mão involuntária treme - teme
Qual alma meu peito gela - congela
E frio na minha sinto - não minto!

Qual palavra digo pra que vá embora - ora!
Qual segredo tem que me esconde? - Onde?
Que em meus ouvidos o vento sopra - mostra!
O sussurro que alivía o peito - deito.

E a sombra responder demora - chora!
Dize, ainda que já cedo - Medo
O segredo da sombra - assombra!
Qual que grita e não me escuta - luta!
E do meu peito faz o corte - morte

3 comentários:

  1. noossa primo, palavras de um menino estranho ou de um garoto que procura a poesia para se aliviar e vira poeta! kkkk (L) LINDO! Posta aquele seu romantico :) / Gabi.

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  2. viajo, nesses versos, vc me transporta pra uma época unica da minha vida, quando eu escrevia... adoro tudo que vc escreve... P.S. continuo chorando... leio e choro... por dentro , por fora.. tudo!!! nao pense que isso é ruim, ta me aliviando a alma... obrigada!!! adoro vc!!!

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