quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Soneto à traição

Seduz-te com olhar fagueiro - a víbora
Sussurra amante teu nome - poeta
Chama-te para o banquete - Calígula
Ebria-te e crava em teu peito- a seta

Prova a terna quimera que embriaga-te;
O doce do beijo que em tua boca
Amarga-se; o arcanjo que ama-te
É o leal veneno deste cálice.

Beba até que em face a morte emudeça
A voz que de dor em teu peito grita
Ignota até que em solidão, pereça.

Carrega tu no sal de cada lágrima
O pérfido arcanjo que seduz
E o leal veneno que lento e triste
- mata.

Um comentário:

  1. Poxa, pedrinho, não sei nem porque eu tentei comentar, tô sem palavras pra isso. Você tá melhorando cada dia mais, e tá sempre surpreendendo.
    Um texto melhor que o outro (não nessa devida ordem) e nenhum ruim, pelo contrário, todos já ótimos e crescendo cada vez mais!

    Parabéns e já deixo dito que to ansioso pro proximo texto :P!

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